24 de julho de 2011

Quando as pessoas mudam (parte 1)


Eu me lembro quando eu era criança, de minha mãe ser carinhosa, mas também muito nervosa. Quando eu e minha irmã não fazíamos as coisas do jeito dela, ela batia muito em nós duas, mais em mim que era mais velha (idade 9 e 7).
Teve um episódio em que minha mãe me bateu porque (eu tinha mais ou menos 10 anos) não queria calçar os chinelos. Mas não foi simplesmente uma chinelada que ela me deu, como eu tinha corrido, ela tacou um cabo de vassoura que tinha prego na minha cabeça, que furou e começou a sair sangue. Foi quando ela percebeu a besteira que tinha feito. Ela ficou nervosa e começou a chorar,  lavar minha cabeça e colocar vinagre. Em outro episódio nós morávamos numa vila, minha mãe recebeu uma amiga que levou sua filha, essa menina pegou o pão que estava comendo e esfarelou na escada da vizinha. Nesse dia houve uma discussão entre minha mãe e a vizinha, que não gostou de sua escada estar toda suja. E no final da briga pra quem sobrou? Eu que era mais velha. Nesse dia minha mãe me colocou no banheiro e me bateu com uma correia debaixo do chuveiro, se não fosse à vizinha me socorrer estaria morta ou mais machucada. Hoje em dia se acontecesse isso era só denunciar no Conselho Tutelar, pois existe o Estatuto da Criança e do Adolescente, e minha mãe seria presa.
Mesmo assim sempre tive amor pela minha mãe, mas só fui ter amizade mesmo e sair com ela na adolescência. Hoje nós somos as melhores amigas uma da outra, nos ligamos o tempo todo e ficamos conversando horas. Quando nos encontramos são muitos beijos e abraços, lógico que às vezes brigamos, mas sempre terminamos fazendo as pazes e pedindo desculpas uma para a outra.


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